CAPS: Centro de Atenção Psicossocial
Nos anos 70 dá-se início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil, um processo contemporâneo ao “movimento sanitário”, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, equidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado (BRASIL, 2005).
O ano de 1978 marca o início efetivo do movimento social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos no Brasil. O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações de familiares, sindicalistas, membros de associações de profissionais e pessoas com longo histórico de internações psiquiátricas, surge neste ano. É sobretudo este movimento que passa a protagonizar e a construir a partir deste período a denúncia da violência dos manicômios, da mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de assistência e a construir coletivamente uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas com transtornos mentais (BRASIL, 2005).
Em março de 1986 foi inaugurado o primeiro CAPS do Brasil, na cidade de São Paulo: Centro de Atenção Psicossocial Professor Luiz da Rocha Cergueira, conhecido como CAPS da Rua Itapeva (BRASIL, 2004). Em 1987 aconteceu em Bauru, SP o II Congresso Nacional do MTSM que adotou o lema “Por uma sociedade sem manicômios”. Neste mesmo ano, é realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental no Rio de Janeiro (BRASIL, 2005).
Em 1989 a Secretaria Municipal de Saúde de Santos (SP) deu início há um processo de intervenção em um hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Anchieta, local de maus-tratos e mortes de pacientes. É esta intervenção, com repercussão nacional, que demonstrou a possibilidade de construção de uma rede de cuidados efetivamente substitutiva ao hospital psiquiátrico. Neste período no município de Santos são implantados Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS) que funcionavam 24 horas; são criadas cooperativas; residências para os egressos do hospital e associações (BRASIL, 2005).
Os serviços de saúde mental surgem em vários municípios do país e vão se consolidando como dispositivos eficazes na diminuição de internações e na mudança do modelo assistencial. O CAPS foi criado oficialmente a partir da Portaria GM 224/92 e eram definidos como unidades de saúde local e regionalizados que contam com uma população adstrita definida pelo nível local que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e internação hospitalar, em um ou dois turnos de quatros, por equipe multiprofissional.
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço de saúde aberto e comunitário, ele é um lugar de referência e tratamento para as pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida. (MINISTERIO DA SAUDE, 2004).
O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Os Centros de Atenção Psicossocial Social visam:
• Prestar atendimento em regime de atenção diária;
• Gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente e de personalizado;
• Promover a inserção social dos usuários através ações intersetoriais que envolvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento dos problemas.
• Os CAPS também têm responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde mental de seu território;
• Dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, PSF (Programa de Saúde da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitário de Saúde);
• Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área;
• Coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas que atuem no seu território;
• Manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos para a saúde mental.
Os CAPS devem contar com espaço próprio e adequadamente preparado para atender à sua demanda específica, sendo capazes de oferecer um ambiente continente e estruturado. Deverão contar, no mínimo, com os seguintes recursos físicos:
• Consultório para atividades individuais, como consultas, entrevistas, terapias;
• Sala para atividades grupais;
• Espaço de convivência;
• Refeitório (o CAPS deve ter capacidade para oferecer refeições de acordo com o tempo de permanência de cada paciente da unidade);
• Sanitários;
• Área externa para oficinas, recreação e esportes.
As práticas realizadas nos CAPS se caracterizam por ocorrerem em ambiente aberto, acolhedor e inserido na cidade, no bairro. Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e sua singularidade, sua cultura e sua vida quotidiana. Todo o trabalho desenvolvido no CAPS deverá ser realizado em um “meio terapêutico”, isto é, tanto as sessões individuais ou grupais como a convivência no serviço têm finalidade terapêutica.
Os profissionais que atuam no CAPS possuem diversas formações e integram uma equipe multiprofissional. É um grupo composto por diferentes técnicos de nível superior e de nível médio. Os profissionais de nível superior são: enfermeiros, médicos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, pedagogos, professores de educação física ou outros necessários para as atividades oferecidas nos CAPS.
Os profissionais de nível médio podem ser: técnicos e/ou auxiliares de enfermagem, técnicos administrativos, educadores e artesãs. Os CAPS contam ainda com equipes de limpeza e de cozinha.
Portanto, os profissionais que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial encontram uma serie de desafios para serem enfrentados, tais como, fortalecer políticas de saúde voltadas para grupos de pessoas com transtornos mentais de alta prevalência e baixa cobertura assistencial, consolidar e ampliar uma rede de atenção de base comunitária e territorial promotora da reintegração social e da cidadania, implementar uma política de saúde mental eficaz no atendimento às pessoas que sofrem com a crise social, a violência e desemprego e aumentar recursos do orçamento anual do SUS para a Saúde Mental.
MARCOS LÓGICOS E LEGAIS
Legislação CAPS
Marcos Lógicos
PUBLICAÇÃO
EMENTA
ANO
LINK
Princípios para a Proteção de Pessoas Acometidas de Transtorno Mental e a Melhoria da Assistência à Saúde Mental - ONU
Adotado pela Resolução CFM nº 1.407, de 08/06/1994. Afirma os Princípios para a Proteção de Pessoas Acometidas de Transtorno Mental e para a Melhoria da Assistência à Saúde Mental.
1991
Programa Nacional de Direitos Humanos II
Atualização do Programa Nacional de Direitos Humanos. O PNDH II deixa de circunscrever as ações propostas a objetivos de curto, médio e longo prazo, e passa a ser implementado por meio de planos de ação anuais, os quais definirão as medidas a serem adotadas, os recursos orçamentários destinados a financiá-las e os órgãos responsáveis por sua execução.
2002
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos
Versão atual do PNEDH. A estrutura do documento estabelece concepções, princípios, objetivos, diretrizes e linhas de ação, contemplando cinco grandes eixos de atuação: Educação Básica; Educação Superior; Educação Não-Formal; Educação dos Profissionais dos Sistemas de Justiça e Segurança Pública e Educação e Mídia.
2006
Marcos Legais
PUBLICAÇÃO
EMENTA
ANO
LINK
Portaria nº 336
Portaria que define e estabelece diretrizes para o funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial. Estes serviços passam a ser categorizados por porte e clientela, recebendo as denominações de CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad. Documento fundamental para gestores e trabalhadores em saúde mental.
2002
Portaria nº 189
Inclui na Tabela de Procedimentos do SIH-SUS os procedimentos que podem ser cobrados pelos Centros de Atenção Psicossocial cadastrados no SUS, instituindo nova sistemática de financiamento. Portaria importante para gestores e trabalhadores em saúde mental. No seu artigo 13º estabelece todos os procedimentos necessários para o cadastramento de CAPS junto ao Ministério da Saúde.
2002
Portaria nº 2.391
Portaria que regulamenta o controle das internações psiquiátricas involuntárias e voluntárias de acordo com o disposto na Lei 10.216, de 6 de abril de 2002, e os procedimentos de notificação da Comunicação destas internações ao Ministério Público pelos estabelecimentos de saúde, integrantes ou não do SUS.
2002
Resoluções
PUBLICAÇÃO
EMENTA
ANO
LINK
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
PUBLICAÇÃO
ORIGEM
EMENTA
ANO
LINK
A regulação dos serviços de saúde mental no Brasil: inserção da psicologia no Sistema Único de Saúde e na Saúde suplementar
CFP
O livro organiza-se de forma a identificar as principais normas jurídicas que regulam a atenção à saúde mental no Brasil e analisar a atual regulação estatal tanto no que se refere aos serviços prestados no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS quanto no que se refere aos serviços prestados no campo da saúde suplementar. Nesse sentido, foram analisadas de forma comparativa as normas jurídicas que regulam a saúde mental no Brasil no SUS e na saúde suplementar, a partir das seguintes perspectivas de atenção à saúde mental: i) serviços preventivos; ii) serviços de emergência, hospitalares e ambulatoriais; iii) serviços domiciliares e; iv) serviços terapêuticos e/ou por sessões.
2013
Os direitos humanos na prática profissional dos psicólogos
CFP
Concepções, práticas e reflexões críticas é uma publicação do Conselho Federal de Psicologia em parceria com o Ministério da Saúde. A cartilha visa à atualização dos psicólogos que trabalham com a população adolescente no Brasil, proporcionando reflexões, novas idéias e debates, reforçando uma prática psicológica que respeite o adolescente em sua subjetividade e diferenças de etnia, de gênero e de classe social, e exigindo o cumprimento integral do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
2003
Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial
Ministério da Saúde
Esta publicação destina-se a informar aos profissionais de saúde, gestores do SUS, sobre o que são e para que servem os serviços de saúde mental, chamados Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS).
2004
Residências Terapêuticas: Para quem precisa de cuidados em saúde mental, o melhor é viver em sociedade
Ministério da Saúde
Cartilha que visa esclarecer dúvidas comuns aos gestores e profissionais de saúde a respeito desta importante iniciativa de desinstitucionalização desenvolvida pelos SUS: questões ligadas ao financiamento, à legislação e ao quotidiano dos Serviços Residencial Terapêutico (SRTs), entre outras.
2004
Reforma Psiquiátrica e política de Saúde Mental no Brasil
Ministério da Saúde
Cartilha que visa descrever os principais componentes da história da Reforma Psiquiátrica no Brasil, com destaque para o processo de delineamento progressivo da política de saúde mental do Ministério da Saúde, alinhada com os princípios da Reforma.
2005
Saúde Mental no SUS: acesso ao tratamento e mudança do modelo de atenção
Ministério da Saúde
O objetivo deste documento é relatar os avanços e dificuldades, entre 2003 e 2006, da gestão do complexo processo de mudança da atenção à saúde mental, a partir de ações do Ministério da Saúde – um dos diversos atores do processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira.
2007
Práticas Profissionais dos(as) Psicólogos(as) nos Centros de Atenção Psicossocial
CFP/CREPOP
O relatório da pesquisa sobre a atuação de psicólogos nos Centros de Atenção Psicossocial, que o Conselho Federal de Psicologia apresenta aqui, constitui mais um passo no sentido de ampliar o conhecimento sobre a experiência dos psicólogos no âmbito das políticas públicas, contribuindo para a qualificação e a organização da atuação profissional, tarefa para a qual foi concebido o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop).
2009
Guia de Direitos Humanos: Loucura Cidadã
AMEA
Elaborado a partir do ponto de vista e das experiências reais de usuários de serviços de saúde mental e psiquiátricos, o Guia de Direitos Humanos Loucura Cidadã nos esclarece, de forma detalhada, os direitos dos cidadãos em sofrimento mental, como também o que fazer e a quem procurar, caso esses direitos sejam desrespeitados.
2011
Contribuições do Conselho Federal de Psicologia para a constituição da Rede de Atenção Psicossocial no Sistema Único de Saúde a partir do Decreto 7.508/2011
Conselho Federal de Psicologia
O Decreto 7.508/2011 regulamenta a Lei 8.080/1990, que dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Decreto, o oferecimento de serviços de Atenção Psicossocial será condição obrigatória para a constituição de uma Região de Saúde.
A partir disso, em reunião ocorrida em agosto de 2011, o Ministério da Saúde solicitou ao Conselho Federal de Psicologia proposta de Rede Psicossocial adequada a uma Região de Saúde, de modo a contribuir para o debate sobre o assunto.
2011
Guia prático de matriciamento em saúde mental
Ministério da Saúde
O(s) organizador(es) do Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental convidaram-me para apresentar o que deverá ser um “livreto de bolso” que se destina, pelo que conhecemos em nossa experiência, a atingir um grande e relevante objetivo: capacitar profissionais da saúde geral, que atuam no nível dos cuidados primários ou básicos de saúde, assim como os de saúde mental que com eles interagem, para a prática diuturna das suas atividades, quando trabalhando os problemas da área da saúde mental.
2011
Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no CAPS - Centro de Atenção Psicossocial
CFP/CREPOP
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apresenta à categoria e à sociedade em geral o documento de Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) nos Centros de Atenção Psicossocial–
CAPS, produzido a partir da metodologia do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop). Este documento busca construir referência sólida para a atuação da Psicologia na área.
2013
MAPEAMENTO DE REDE DE SERVIÇOS
Serviços
INSTITUIÇÃO
ENDEREÇO
CONTATO
DESCRIÇÃO
LINK
CAPS II - Dra Rosa Garcia
Boca do Rio,
Salvador
E-Mail: -
CAPS III - Alto de Coutos
Alto de Coutos,
Salvador
E-Mail: -
CAPS IA - Prof° Luiz Meira Lessa
Rio Vermelho,
Salvador
3335-6827
E-Mail: -
CAPS II - Águas Claras
Cajazeiras,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II- CAPS UFBA
Garcia,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II- Oswaldo Camargo
Rio Vermelho,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II- CAPS Itapuã
Itapuã,
Salvador
E-Mail: -
CAPS I - Nzinga
Coutos,
Salvador
E-Mail: -
CAPS IA - Liberdade
Iapi,
Salvador
E-Mail: -
CAPS AD- CAPS AD Pernanbués
Pernanbués,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II - Dr. A. Roberto Pelegrino
Nazaré,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II - Aristides Novis.
Eng. Velho de Brotas,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II - Adilson Sampaio
Caminho de Areia,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II - Dr. Eduardo Saback
Pernambués,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II - Maria Célia da Rocha
Subúrbio,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II- Franco Basaglia
Piatã,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II - Pau da Lima
Vale dos Lagos,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II- São Caetano/ Valéria
São Caetano,
Salvador
E-Mail: -
CAPS AD- Gregório de Matos
Centro Histórico.,
Salvador
E-Mail: -
CAPS II - Nise da Silveira
Fazenda Grande III,
Salvador
E-Mail: -
CAPS AD - Gey Espinheira
Campinas de Pirajá ,
Salvador
E-Mail: -
INDICAÇÕES
FILMES
TÍTULO
DIREÇÃO
PRODUÇÃO
DESCRIÇÃO
Estamira
Direção: Marcos Prado; José Padilha;
Zazen Produções
O documentário Estamira conta história de uma mulher de 63 anos que sofre de distúrbios mentais e vive e trabalha há vinte anos no aterro sanitário Jardim Gramacho, um lugar renegado pela sociedade, que recebe diariamente mais de oito mil toneladas de lixo produzido no Rio de Janeiro. Com discurso eloquente, filosófico e poético, a personagem central do documentário levante de forma íntima questões de interesse global, como o destino do lixo produzido pelos habitantes de uma metrópole e os subterfúgios que a mente humana encontra para superar uma realidade insuportável de ser vivida.
Camille Claudel
Direção: Bruno Dumont
Les Films Christian Fechner; Lilith Films I.A.; Gaumont;
Em Paris, em 1885, a jovem escultora Camille Claudel entra em conflito com sua família burguesa ao tornar-se aprendiz e, depois, assistente do famoso Auguste Rodin. Quando ela se transforma em amante do mestre (que já era casado), cai em desgraça junto à sociedade parisiense, embora tenha amigos do porte do compositor Claude Debussy. Depois de quinze anos de tortuoso relacionamento com Rodin, Camille rompe o romance e mergulha cada vez mais na solidão e na loucura. Por iniciativa de seu irmão mais novo, o escritor Paul Claudel, é internada em 1912 num manicômio.
Uma Mente brilhante
Direção: Ron Howard
Universal Pictures
O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade. Brilhante, Nash chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos, Nash enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até o fim de sua vida
O Solista
Direção: Joe Wright
DreamWorks SKG; Universal Pictures; StudioCanal
Esta é a história real de Nathaniel Anthony Ayers, um ex-estudante da escola de artes performáticas Julliard, que cai nas profundezas da esquizofrenia. Quando o jornalista, Steve Lopez, faz amizade com ele, o mundo de ambos muda. O filme é baseado na história real do prodígio musical NathanielAyers, que desenvolveu esquizofrenia no seu segundo ano na famosa escola de artes performáticas Juilliard, de Nova York. Ayers acabou como sem-teto nas ruas do centro de Los Angeles, onde toca violino e violoncelo."
Cisne Negro
Direção: Darren Aronofsky
Fox Searchlight Pictures; Cross Creek Pictures; Protozoa Pictures;
É um thriller psicológico ambientado no mundo do balé da Cidade de Nova York. Natalie Portman interpreta uma bailarina de destaque que se encontra presa a uma teia de intrigas e competição com uma nova rival interpreta por Mila Kunis. Dirigido por DarrenAronofsky (O Lutador, Fonte da Vida), Cisne Negro faz uma viagem emocionante e às vezes aterrorizante à psique de uma jovem bailarina, cujo papel principal como a Rainha dos Cisnes acaba sendo uma peça fundamental para que ela se torne uma dançarina assustadoramente perfeita.
O Bispo
Direção: Fernando Gabeira
-
O vídeo registra a visão de mundo de Bispo e o seu trabalho - tapeçarias, bordados, colagens, instalações e pinturas - realizado ao longo de 07 anos, período em que se manteve recluso em seu quarto na Colônia.
Bicho de Sete Cabeças
Direção: Laís Bodanzky; Luiz Bolognesi
Buriti Filmes; Dezenove Som e Imagens Produções Ltda.; Gullane Filmes;
Neto é um adolescente em busca de Uma viagem ao inferno manicomial. Esta é a odisséia vivida por Neto, um adolescente de classe média, que leva uma vida normal até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um baseado no bolso de seu casaco. O cigarro de maconha é apenas a gota d'água que deflagra a tragédia da família.
Emoções e liberdade, que tem suas pequenas rebeldias incompreendidas pelo pai. A falta de entendimento entre os dois leva ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o controle do filho vira o amor do avesso. Internado no manicômio, Neto conhece uma realidade completamente absurda, desumana, em que as pessoas são devoradas por um sistema manicomial corrupto e cruel.
LIVROS
TÍTULO
AUTOR
EDITORA
DESCRIÇÃO
Família e Doença Mental: Repensando a Relação Entre Profissionais de Saúde e Familiares
Jonas Melman
Escrituras
O autor deposita no livro, histórias de pacientes e suas famílias que gravitam em torno de instituições públicas, ora bem ora malcuidados, todo um acúmulo de vivências e alternativas que foi encontrando para acompanhar essas pessoas e seus sofrimentos.
História da Loucura na Idade Clássica
Michel Foucault
Perspectiva
Neste livro, o autor põe em xeque concepções firmadas sob o rótulo de possíveis verdades científicas, como no campo da medicina psiquiátrica, em que sua análise crítica atingiu a operacionalidade terapêutica das noções tradicionais de sanidade e loucura.
Saúde Mental e Atenção Psicossocial
Paulo Amarante
Fiocruz
O livro apresenta e debate os fundamentos do campo da saúde mental e atenção psicossocial e é destinado a estudantes de graduação e pós-graduação de todas as áreas da saúde e a pessoas interessadas em conhecer o campo.
Saúde Mental e Arte - Práticas, Saberes e Debates
Paulo Amarante
Zagodoni
Os autores, com formações diversificadas, trazem a pluralidade das possibilidades de se pensar e de fazer arte no campo da saúde mental. Práticas são resgatadas, a história da arte na saúde mental e da loucura na arte, nos serviços discutem-se instrumentos ofertados, como música, teatro, dança, artesanato, reciclagem, moda, vídeo, e assim os debates são multiplicados em consonâncias e dissonâncias. Não se trata de uma obra de conhecimentos prontos e acabados, mas sim de práticas inventadas, de experiências reais e únicas que valorizam a diferença e singularidade e deixam sempre a impressão de que existem brechas para novas intervenções e novos saberes.
Loucos Pela Vida - A Trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil
Paulo Amarante
Fiocruz
"Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil" é uma leitura extremamente valiosa para todos aqueles que se interessam pela história e os rumos atuais da Reforma Psiquiátrica do Brasil. O leitor, além de encontrar no texto uma análise cuidadosa da evolução conceitual que orientou os movimentos antimanicomiais nas últimas décadas, terá acesso a informações preciosas sobre os bastidores, as movimentações internas, as tensões, as divergências de diretrizes que marcaram a história destes movimentos.
Ensaios: Subjetividade, Saúde Mental e Sociedade
Paulo Amarante
Fiocruz
Composta por textos históricos, filosóficos, antropológicos, sociológicos, clínicos, enfim, de diferentes abordagens relacionadas à área. O livro procura, em especial, dar prosseguimento às questões suscitadas pelos pensadores Michel Foucault e Franco Basaglia, visando a provocar um debate acerca dos modos de subjetivação vigentes em nossa sociedade, assim como propor alternativas aos processos de patologização da experiência trágica da loucura.
Doença Mental, Psicose e Loucura: Representações e Práticas da Equipe Multiprofissional de um Hospital-Dia
Laura Belluzzo de Campos Silva
Casa do Psicólogo
Este livro descreve sobre um trabalho, que teve o propósito de investigar com a multiplicidade de saberes sobre doença mental, psicose e loucura se atualiza e se articula nas práticas cotidianas de uma equipe multiprofissional dedicada ao tratamento de psicóticos e neuróticos graves de um hospital-dia da rede pública.
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais
Paulo Dalgalarrondo
Artmed
O livro introduz a reflexão sobre a psicopatologia, auxilia o leitor no aprendizado do exame acurado do paciente, ajudando-o na identificação dos diversos transtornos psiquiátricos.
Representações Sociais da Reabilitação Psicossocial - Um Estudo sobre os CAPS
Maria Efigênia Sidrim
Juruá
Diante da importância do papel desempenhado pelos profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), no contexto da Reforma Psiquiátrica Brasileira, para este estudo objetivou-se estudar as representações da reabilitação psicossocial dos profissionais dos CAPS do Ceará e correlacioná-las à construção das práticas profissionais existentes nesses serviços. Trata-se de um estudo qualitativo, para o qual foi utilizada como referência teórico-metodológica a Teoria das Representações Sociais, proposta por Moscovici. O resultado foi a identificação de quatro representações sociais da reabilitação psicossocial, caracterizadas a partir de três elementos constitutivos - contexto sócio-histórico de emergência, valores e práticas profissionais.
Seminário: As Psicoses
Jacques Lacan
Zahar
O livro Seminário 3 de Lacan, aborda as questões introdutórias no que diz respeito as Psicoses.
Tecnologias em Rede: Oficinas de Fazer Saúde Mental
Analice de Lima Palombini; Cleci Maraschin; Simone Moschen
Sulina
Este livro relata uma experiência do programa de extensão “Rede de Oficinandos: tecnologias de informação e comunicação produzindo inserção social, cuidado e formação em saúde mental” ressitua a universidade em sua relação com o que está fora dela, no caso, serviços de saúde mental, movimentos sociais e organizações comunitárias da Região Metropolitana de Porto Alegre. Nessa zona limite entre a universidade e a cidade, alunos da graduação e pós-graduação e professores constroem uma parceria com trabalhadores e usuários da rede pública de saúde mental. O livro apresentado aos leitores traz experiências desse percurso, bem como outras que resultaram de projetos e experimentações.
Escritos Selecionados em Saúde Mental e Reforma Psiquiátrica
Franco Basaglia
Garamond
Este livro retrata de forma cronológica, uma visão histórica e evolutiva das principais produções de Franco Basaglia, o psiquiatra que liderou o mais importante processo de reforma psiquiátrica e Saúde Mental.
O Inconsciente a Céu Aberto da Psicose
Colette Soler
Zahar
Lacan orientou os psicanalistas a não recuarem diante da psicose, que ele descreveu como 'inconsciente a céu aberto'. Colette Soler, psicanalista formada no divã do próprio dr. Lacan, aceita o desafio; investiga a psicose e estuda a principal argumentação de seu mestre, buscando submetê-la ao teste da clínica e medir seu alcance e limites. Soler parte da proposta estrutural de Lacan que inclui a psicose no campo da fala e da linguagem; a linguagem não é um simples instrumento do sujeito, mas seu operador, no sentido em que é ela quem o produz, definindo até mesmo o campo de sua realidade.
Ana Maria Lobosque
MÚSICAS
TÍTULO
INTÉRPRETE
ÁLBUM
Maluco Beleza
Raul Seixas
O Dia em que a Terra Parou
Sufoco da Vida
Harmonia Enlouquece
Harmonia Enlouquece
Quando Acabar o Maluco Sou Eu
Raul Seixas
Uah Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum
Construção
Chico Buarque
Construção
Máscara
Pitty
Admirável Chip Novo
POEMAS
TÍTULO
AUTOR
Disquisição na Insônia
Carlos Drummond de Andrade
Esperança
Poema coletivo produzido pelos usuários do CAPS na atividade "Verbo Solto", em homenagem ao Dia Nacional da Poesia
O Esquizofrênico
Ezequiel Jaison Albino
SITES
TÍTULO
DESCRIÇÃO
LINK
Memorial Professor Juliano Moreira
O Memorial Professor Juliano Moreira tem como objetivo criar um espaço público de preservação, registro e gerenciamento sistemático do Patrimônio Histórico do Hospital Juliano Moreira, de seu patrono e da Saúde Mental na Bahia, servindo como instrumento complementar para superar os estigmas de exclusões e discriminação dos portadores de transtornos mentais. Visa promover ações de cooperação e integração de instituições publica e/ou particulares para identificar, preservar, valorizar e divulgar a memória, a história e o patrimônio cultural da saúde publica nacional por intermédio da vida do Médico Juliano Moreira e da vida institucional do Hospital Juliano Moreira.
REVISTAS/PERIÓDICOS
Não existem Revistas ou Periódicos cadastrados nesta cartilha até o momento.
GRUPOS DE PESQUISA
NOME
INSTITUIÇÃO
ESTADO
DESCRIÇÃO
LINK
O Programa de Atenção Domiciliar à Crise (PADAC)
UFBA
Bahia
Tem como finalidade a proposição de uma nova tecnologia de cuidado em saúde mental na abordagem a pacientes psicóticos em crise. Seus objetivos abarcam a formação de recursos humanos para lidar com a crise, a oferta de atendimento qualificado de acordo com as necessidades dos usuários e fomento ao processo da Reforma Psiquiátrica. O PADAC é um programa de estágio/extensão do Instituto de Psicologia da UFBA.
Grupo de Trabalho Eduardo Araújo
UFBA
Bahia
Esse projeto é resultado da parceria entre os estudantes, em prol dos avanços na Reforma Psiquiátrica Brasileira através da ampliação das discussões em diversas áreas de conhecimento. Uma proposta construída pelo Grupo de Trabalho da Luta Antimanicomial Eduardo Araújo, vinculado ao departamento de Psicologia e pelo Núcleo Acadêmico de Saúde Mental, da Faculdade de Medicina na busca de mudanças a nível cultural e comportamental das pessoas que estão à frente das possibilidades de mudanças, enquanto produtores de conhecimento na sociedade. Contato: gteduardoaraujo@gmail.com
Associação Metamorfose Ambulante
AMEA
Bahia
A AMEA tem como missão promover a inclusão social das pessoas em sofrimento mental pela afirmação dos seus direitos humanos, reivindicando a efetivação dos direitos dessas pessoas, a garantia do acesso aos diversos serviços de saúde mental e a melhoria da assistência no Sistema Único de Saúde da Bahia. A organização visa combater a discriminação e os preconceitos, articulada com outros grupos, para coibir a violência social e institucional. Representantes da Amea participam de eventos realizados em instituições de ensino e em órgãos públicos, inserindo o tema “Saúde Mental” nas discussões.
A AMEA se reúne no Conselho Regional de Psicologia – 3° Região.
Laboratório de Estudos Vinculares e Saúde Mental
UFBA
Bahia
O grupo tem como objetivo produzir conhecimentos teóricos acerca dos "processos vinculares" e suas dinâmicas subjetivas na perspectiva da colocar em analise as "tecnologias relacionais baseadas nos manejos vinculares", amplamente utilizadas como recursos clínicos dos programas de atenção à saúde, sobretudo no campo da saúde mental, bem como nos diversos projetos sociais e nas políticas publicas de assistência social, para a partir daí oferecer assessorias e desenvolver tecnologias para a capacitação dos agentes técnicos destes serviços.